Eu sou o cúmulo da desordem emocional, sou o choro fácil das horas erradas. Sou o erro dos acertos, sou o álcool da cerveja, que deixa gosto amargo por onde passa.
Sou o constante ataque de nervos, sou a fase da lua ao contrário, sou o oposto da nascente do rio.
Sou os fios loiros na ordem do vento.
Eu só quero a paz, da luz que tua alma me traz.
Eu só quero o campo de tulipas coloridas que me alegram.
Eu só quero o fim de tarde de beira do lago.
Eu não exagerei na bebida, eu só bebi o quanto pude.
Bebi saudade engarrafada e bebi mentiras bem contadas.
Eu esperei brilhos de uma estrela extinta.
Jurei eternidade pra algo que era sonho.
Casei com uma alma tão rala, tão miúda.
Engasguei com choro que disfarcei com risada.
Saltei da ponta sem para-quedas.
E quebrei a cara de menina mimada.